domingo, 29 de março de 2009

Swing (Troca de Casais) - Parte I

SWING, ASSUNTO QUE DESCONHEÇO!
Por Dama de Cinzas

Gente, nem sei se estou sendo doida ao afirmar isso, mas essa coisa de frequentar casa de swing, troca de casais, nunca foi uma prática na minha vida, por incrível que pareça.
O que aconteceu muito na minha vida foi ter relacionamentos abertos em que o podíamos sair eventualmente com alguma pessoa que nos encantasse sexualmente.
Mas, há alguns anos atrás, tive um namorado bem louco e a gente ia pra boate e cada um pegava alguém para curtir durante a noite, mas raramente isso terminava em transa. Nessa época como tinha muita droga e álcool envolvido, algumas vezes entrávamos numa suruba geral, mas sempre saíamos dali rindo de tudo. Transar com várias pessoas para mim e esse namorado era mais uma coisa de desafiar a sociedade do que propriamente aproveitar o ato sexual em si.
Confesso que esse foi o tema mais difícil para desenvolver. Até porque estou numa fase nada sexual... rs...
Acho que para um próximo relacionamento, vou querer um cara careta, que não goste de nada disso, só pra variar um pouco... rs

---

Quadrilha Pós-Moderna
Por Autor

Heleninha se depilou, tomou aquele banho demorado, se perfumou e escolheu uma lingerie bem provocante. Enquanto isso, no mesmo banheiro, Augusto fazia a barba.
-Nervosa, Heleninha?
-Um pouco só... Mas vai ser bom! Eu acho! Espero, na verdade!
-Calma, Heleninha! Vai dar tudo certo! Tudo foi acertado.

Suelen e Mario estacionaram o carro e ficaram um bom tempo conversando antes de se encaminharem para dentro do restaurante.
Haviam repassado seu texto juntos e se julgavam perfeitos.

O jantar foi regado a vinho e a conversa, que começou tímida e formal, já tinha um clima de putaria total.
Heleninha, sentada ao lado de Augusto, por debaixo da mesa acariciava o pau de Mário com os pés, que não via a hora de terminarem aquela experiência num motel.
E lá foram eles.

No motel, Heleninha beijava Augusto, que beijava Suelen, que beijava Mario, que beijava Heleninha, que beijava Suelen, que beijava todo mundo.
Roupas no chão, corpos suados e uma loucura sem fim.
Extasiados, agradeciam a invenção das salas de bate papo.

Na noite seguinte, em sua cama de casal, Suelen e Mário se acariciavam e o tesão dominava o quarto.
Mário beijava o pescoço de Suelen, descia para seu seio, seu barriga e continuava descendo...
E Suelen gemia...
‘Augusto... Augusto...'

Na outra casa, Augusto e Heleninha tentavam novas posições.
Heleninha vestia uma calcinha com consolo e dominava o marido que só pensava em como não conseguira tirar os olhos do pau de Mário na noite anterior...

Na manhã seguinte, vida normal.
Afinal, nem só de putaria vive a humanidade.
Será?

---

Vocês votaram e vocês escolheram.
Por apenas 01 voto de vantagem, Swing foi o assunto dessa semana.
Na quarta-feira, mais dois textos sobre esse assunto.
E para a próxima semana, as sugestões já estão na enquete.
Votem!

terça-feira, 24 de março de 2009

Solidão - Parte II

Questão de Momento
Por Autor

Não sei se acontece o mesmo com vocês, mas eu era mais ou menos assim.

Se estava sozinho, sentia uma agonia, uma vontade de estar com alguém, de me sentir querido, de contato humano. Entretanto, se estava acompanhado por outra(s) pessoa(s), eu ansiava pelo aconchego do meu quarto solitário, da minha casa, do meu espaço.

Enquanto ainda morava na casa dos meus pais, meu quarto era meu templo: eu entrava, fechava a porta e aquele era meu mundo. Adorava ficar sozinho, curtir as minhas coisas, a minha solidão.
Mas desde que saí de casa e passei a morar sozinho tenho sentido falta de gente ao meu redor. Não que eu ainda não adore morar sozinho, mas sinto falta de ter com quem conversar na hora que me der vontade.

Namorando então, ficar em casa sozinho é uma tortura. Penso logo que queria estar com ele e, invariavelmente, pego minhas coisas e vou pro apartamento dele, já que ele também mora sozinho. Brincamos que temos duas casas, uma de campo (a minha, num bairro) e a da cidade (a dele, no centro).

Moral da história: sou de momentos. Ao mesmo tempo que amo ficar sozinho no meu canto, curtindo a solidão, posso mudar de idéia e querer mil pessoas (ou apenas uma) do meu lado.
Questão de dia, de momento.


SOLIDÃO, UM MAL OU UM BEM NECESSÁRIO?
Por Dama de Cinzas

Ando me perguntando isso... Acabei de terminar um relacionamento/casamento de alguns anos e me vejo novamente sozinha nesse sentido. Mas isso não me incomoda tanto quanto a solidão que sentimos quando queremos alguém pra sentar num bar, jogar conversa fora, sentar pra ver um filme, ou simplesmente andar pelo shopping. A solidão de gente do lado, não de namorado ou coisa assim...

Tem momentos que adoro ficar só. A solidão é necessária para que eu me reorganize, conheça meus limites atuais, saiba pra onde devo ir, enfim é o momento do meu balanço que não consigo fazer na companhia de alguém. Por outro lado ninguém consegue viver só em todos os momentos e isso é fato! O ser humano é um animal social!

Então, entre a necessidade de solidão e a necessidade de gente, temos que encontrar um meio termo que nem sempre é o ideal, até porque estar acompanhado não é algo dependa exclusivamente de você! Uma coisa é certa, ninguém morre de solidão numa cidade grande. A pessoa pode morrer porque ficou deprimida, adoeceu e/ou se matou, mas de solidão mesmo ninguém morrel. Então eu enfrento a minha de peito aberto. Mesmo que doa em uns momentos...

_________

A votação continua, e qual tema você vai querer ler aqui na próxima semana?
Fé? Música? Relacionamentos? Swing? VOTE e nos ajude...
Até Domingo.

domingo, 22 de março de 2009

Solidão - Parte I

Experimente uma dose de solidão
Por El Negro

Somente quem já experimentou a solidão sabe o verdadeiro significado de liberdade.
A expressão pode soar até certo ponto estranha, mas é a mais pura realidade. Solidão não é estar só, isso é opção. Muito menos estar na companhia de muitos e se sentir só, isso pode estar ligado a problemas de relacionamento ou até mesmo dificuldade em escolher companhias. Solidão significa dar-se um tempo para estar com você mesmo, para se encontrar ou até mesmo para se perder. Uma das poucas oportunidades da vida que temos de nos conhecer melhor, para aprender a conviver com o ser humano mais insuportável da face da Terra, nós mesmos. E o único momento que temos essa chance é quando decidimos encarar a temida solidão, que de temida não tem nada além de encarar nossa própria face, nosso próprio ser e nossa própria essencia.
Experimentar a solidão e descobrir os próprios limites, encarar os próprios medos, e se espantar com você mesmo diante de um espelho, totalmente nu, com todos os defeitos expostos, as feridas abertas, as magoas dilaceradas e os preconceitos estampados. Estar frente a frente com o mais temidos dos seres e aprender que podemos ir mais longe, podemos enfrentar qualquer medo, superar qualquer obstáculos e aprender definitivamente o que singifica ser livre pelo simples fato de saber conviver com a temida solidão.
Por isso que digo e reafirmo para qualquer pessoa que cruze meu caminho. Experimente uma dose de solidão.

---

Eu Sou Sozinha!
Por Quase Trinta

Eu sou sozinha, demorou muito tempo pra que eu conseguisse admitir isso em voz alta.
Hoje convivo com a solidão numa boa.Sempre que se fala em solidão me vem esse poema na mente:

Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui a mais bonita
Nunca fui a favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Sempre brinquei sozinha
Sempre me sentei sozinha
Nunca tive alguém que me amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
NÃO VIVO SOZINHA PORQUE GOSTO
E SIM PORQUE APRENDI A SER SÓ...
Nem por isso fui infeliz.

Ps1: Poema original de Florbela Espenca em letras pretas, os trechos em vermelhos foram acrescentados por mim.
---
É você ajudando a fazer o Mentes Discrepantes!
Continue conosco!
Já tem nova enquete no ar!
Votem!

terça-feira, 17 de março de 2009

Amores Virtuais - Parte II

AMORES VIRTUAIS, EU VIVI!

Assim que conheci a net em 2001, conheci os sites de relacionamentos e foi numa época em que estava muito carente e esperava encontrar um grande amor. Mas sinceramente é algo bem difícil, tanto na internet, quanto no dia-a-dia.

Tudo que faço costumo ser intensa e nesse lance de site de relacionamentos não foi diferente. Eu chegava a marcar com três caras por semana pra ver o que ia dar. Não gostava de conversar muito tempo virtualmente, gostava de partir para o olho no olho. Posso dizer que conheci muito cara estranho, desde aqueles que querem um sexo rápido e diz que te adorou e esta apaixonado para sumir no dia seguinte, até um doido que disse pra mim que tinha uma arma embaixo do banco do carro. Me levou para umas ruas escuras, eu tinha certeza que ele ia me matar, já estava até me despedindo da vida. Quando ele parou num boteco horrível e disse que não tinha dinheiro, que era para eu pagar tudo. Eu amedrontada por achar que ele poderia ter parceiros por ali, esperei que ele bebesse bastante e quando foi ao banheiro, saí correndo feito uma desesperada com um salto altíssimo. Me joguei na frente do primeiro taxi e esse foi o final da minha experiência com site de relacionamentos. Tomei horror a esse tipo de "canal".

Mais tarde eu criei um grupo de debates no Yahoo. Ali eu conheci um cara que foi um grande amor na minha vida. Algo tão forte que até hoje ainda me lembro dele. Nosso primeiro encontro foi mágico, daqueles de filmes românticos mesmo. Mas como ele morava em outro estado e ainda era casado na época, a coisa acabou não dando certo.

Nesse mesmo grupo de debates eu conheci meu ex-namorido, esse com quem vivi quase cinco anos. Não posso dizer que foi uma paixão tão intensa como o que senti pelo primeiro. Mas vivemos muitos bons momentos juntos.

Minha opinião sobre amores virtuais é que eles não devem ficar no virtual por muito tempo, senão você acaba idealizando a pessoa demais e quando se conhecem pessoalmente a chance de dar errado é grande. Amores virtuais tem tanta chance de dar certo quanto amores que encontramos fora da internet. Relacionamento amoroso é algo difícil, que deve ser cultivado a dois, é muito bom, mas tem suas dores também...

Sinais
Por El Negro



______________

A nova enquete já está rolando, não deixem de votar. Afinal, no próximo domingo voltamos com um tema escolhido por vocês.

domingo, 15 de março de 2009

Amores Virtuais - Parte I

Do Virtual para o Real
Ahhhhhhhhhhhhhhh... milhões de suspiros aqui desse lado da tela.
Eu acredito em amores virtuais, porque foi assim que conheci a pessoa que faz meu coração bater mais forte até hoje.
Pra resumir a história: conheci o Autor através do blog que escrevia, passamos a conversar por msn e em uma dessas conversas ele me apresentou G.
Conversa vai, conversa vem, horas no msn, telefonemas ocasionais, sentimento de saudadades, afinidades e a distância entre São Paulo (onde moro) e Rio de Janeiro (onde G. morava) passou a ser pequena.
Ele me pediu em namoro pelo telefone, eu aceitei e só nos encontramos pessoalmente 3 meses depois, era véspera de ano novo e ele veio ficar uma semana em casa.
Hora de buscar ele na rodoviária, meu coração pulsava e um medo se apoderou de mim. E se ele não gostasse de mim pessoalmente? Pensei em desistir, mas já era tarde, depois de quase 5 horas de viagem ele chegou com um lindo sorriso no rosto ao me ver na rodoviária. Grudamos... e não nos desgrudamos mais por 3 anos seguidos.
Foi louco, intenso, apaixonante.
Do mundo virtual para o mundo real.
Durante a semana o namoro era virtual e em TODOS os finais de semana era real, ou eu estava no RJ ou ele vinha pra SP.
Depois dele os outros são os outros e só...rs
Mas conheci sim outros caras, só que dessa vez na sala de bate-papo. Passada a devida peneira e alguns dias ou até meses de conversa por msn, aquele que mais me agradava eu aceitava o convite pra sair.
Apenas um deles virou um namorico, nada sério, mas R. tinha o poder de alimentar meu ego.
Enfim, sou a favor dos romances virtuais desde que virtual seja o meio que se conheça a pessoa e isso passe para o mundo real.
Afinal namorar pelo computador ainda não dá!

---

Pequeno Histórico da Influência da Internet na Minha Vida Amorosa
Por Autor

A conheci em 2002, logo depois de passar no vestibular.
Uma sala de bate papo, ambos calouros da mesma universidade.
Afinidades mil, gostos parecidos. Horas e horas no ICQ.
Do virtual pro real e uma paixão avassaladora. Entretanto (sempre tem um entretanto), ela era noiva. Idas e vindas; dor, muita dor. Tempos depois a oportunidade de ficarmos juntos já que o casamento (que procedeu o noivado) não dera certo.
Perdeu a graça. Vida que segue.

Fins de 2004.
Orkut.
Irmão de uma amiga de um amigo. Cara de pau, adiciono. Ele aceita. Vamos pro MSN. Amigos.
Tempos depois o assunto sexo e as dúvidas sexuais dele.
Do virtual pro real. Do monitor pra cama. Das palavras para o sexo.
E pela primeira vez eu completamente apaixonado por um homem. Que não se aceitava e que apesar do tesão, não ‘podia' continuar comigo.
Sofro, sofro, sofro.
E muito tempo depois, foda-se ele! Eu mereço bem mais!

Início de 2008. Sala de bate papo.
Papo despretencioso e agradável, MSN trocado, algumas conversas, papo no telefone.
Do virtual pro real e conhecia assim o meu primeiro namorado, que mesmo depois que virou ex-namorado continua sendo um querido, um amigo.

Orkut.
Lista de amigos de um cara com quem eu já havia ficado.
E então eu o vi. Lindo, olhos verdes, jeito de menino, MSN disponível no perfil, nenhuma indicação de que ele era gay. Cara de pau, adicionei e cantei na lata. Ele riu da minha audácia, mas não me bloqueou.
Papos intermináveis, um almoço, uma amizade, um beijo, um namoro.
Hoje, sem sombra de dúvida, o amor da minha vida.

---

No próximo post conheça as opiniões de Dama de Cinza e El Negro sobre o assunto.
Vote também na enquete escolhendo sobre o que vamos escrever na próxima semana.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Perdão - Parte II


Exercitando o Perdão
Por Autor


Aquela apunhalada nas costas. A pessoa em quem você mais confiava lhe trai de alguma forma.
Se diz arrependido, explica a situação, conversa, e emenda: Me perdoa?
Você perdoa? Consegue realmente perdoar? Ou é daqueles que não esquecem?
Tenho repensado minha postura a esse respeito. Antes eu diria imediatamente: Nunca esqueço o que fazem comigo, posso até tentar perdoar, mas não esqueço.
Hoje em dia, devido a várias circunstâncias, revejo meu ponto de vista.
Já tomei atitudes das quais me arrependi profundamente e que direta ou indiretamente feriram outras pessoas. Pedi perdão, desculpas sinceras. E vi na pele que julgar com toda a severidade não é o caminho, afinal, todos somos passíveis de erros.
Confesso: ainda é difícil perdoar plenamente e passar uma borracha em determinadas situações. Mas vou tentando.

Faz parte do que prometi a mim mesmo dentro das minhas resoluções de ano novo: ser uma pessoa melhor, mais humana e condescendente. Se eu erro, por que ser tão intolerante aos erros alheios?
É claro que existem casos e casos e cada um deles tem seus desdobramentos e complicações. Não vou me tornar idiota e cair num ciclo sem fim de perdoar e perdoar e ser sempre surpreendido negativamente com as pessoas. Quero exercitar o perdão, não me tornar burro.
Pois, infelizmente, existem pessoas que existem apenas para machucar e se aproveitar da ingenuidade alheia.
Uma segunda chance? Todos temos direito.
Cabe a cada pessoa saber (ou não) aproveitar essa segunda chance.
Porque uma terceira chance? Sinto muito, sem cogitação.


Não sabemos perdoar
Por El Negro

Perdoar é o ato mais sublime de todos os atos, pelo menos é assim que algumas relgiões encaram tal ato. A beleza de se perdoar apesar de todos os pecados, e olha que a lista subiu de 7 para 13. Mas sabemos o que é perdoar?
Crianças tem o poder de perdoar tudo e todos, não importa o que aconteça elas perdoam e confiam na palavra da pessoa que pede perdão. Cometem o mesmo erro 7 vezes no mesmo dia, escutam o pedido de perdão as sete vezes e são perdoados por elas sete vezes.
Porém isso não impede que os mesmos fiquem tristes e se sintam traídos. Neste momento vem aquele ombro "amigo" e diz que ela é muito ingênua para entender as mazelas do ser humano, com o tempo pega a malandragem e fica maduro para encarar a vida. O "amigo" só esquece de avisar que ela vai desaprender o significado de perdão.
Perdoar tornou-se quase sinonimo de ser enganado, fazer papel de bobo. Pronunciamos calorosamente que com o tempo vamos aprendendo, ficando mais maduros e por isso perdoamos com menos frequência. Justificamos dizendo que não somos bobos, que defendemos o que é nosso e o único vilão capaz de fazer a memória falhar é o excesso de alcool.
E mesmo aqueles que dizem perdoar, pregam a punição. Dizem perdoar, mas exigem que ele seja preso, que a dívida seja paga e que o traidor sofra do mesmo mal. Perdoar não é esquecer o que foi feito, mas é cancelar a dívida que alguém tem conosco.
Porém tratamos logo de dizer que apesar do perdão não esquecemos dos fatos, das dívidas, dos males e das traições. Mas esquecemos que um certo cabeludo morreu perdoando a todos os nossos pecados, esquecemos que um carequinha pregou a paz sem levantar uma arma perdoando todos aqueles que levantaram contra ele.
Sinceramente, enquanto encararmos o perdão como um ato de inocência alheio a falsa maturidade dos dias atuais, continuaremos sem saber o que é perdoar.

__________________________________________


Domingo voltamos com 4 novas polêmicas, 4 novas visões, 4 novas idéias, 4 novas discussões. Tudo isso com um único tema, escolhido por vocês. Não deixem de votar na enquete.

domingo, 8 de março de 2009

Perdão - Parte I

Perdão é Díficil...
Por Dama de Cinzas

Lá pela minha adolescência a coisa mais fácil que tinha era eu perdoar alguém. A pessoa aprontava todas e eu esquecia tudo num estalar de dedos. Acho que isso tem a ver com auto-estima. Quanto mais valor você se dá, menos você permite que as pessoas abusem dos seus sentimentos.
Os anos foram passando e eu fui perdoando cada vez menos. O processo começou por só perdoar quando me pediam desculpas, depois só perdoava se a pessoa não aprontasse muito. E te digo que hoje os furinhos da minha peneira estão bem pequenos. Posso até perdoar, mas aquela mágoa que fica dentro da gente é horrível. Não conseguimos nos livrar dela nem que se passe 100 anos.
Então acho que se tem mágoa, não tem perdão absoluto. Se não tem perdão absolut
o, não ando perdoando mais ninguém.
Acho que as pessoas tem tomar cuidado com o que falam e com o que fazem comigo. Senão correm o risco de entrar na minha grande lista negra.
Só deixo as exceções mesmo para amigos muito queridos. Esses continuam aprontando comigo e logo em seguida são desculpados, desde que seus erros não sejam contra a minha dignidade...

---

Perdoar é Divino
Por Quase Trinta

Perdoar, ato divino, sublime, nobre.
Acho tão bonito quem tem a humildade de pedir perdão pelos seus erros. Mas acho mais sublime ainda o ato de saber perdoar.
Confesso que precisso evoluir nos dois quisitos.
Pedir desculpas é mais fácil e aceitá-las também.
A diferença entre desculpa e perdão estão no significado: desculpo (mas não esqueço e sempre vou remoer a situação e me desculpo mas posso fazer isso novamente).
Já perdoar é: eu perdoo e esqueço, nunca em uma briga vou jogar essa situação na sua cara e sim eu peço perdão, estou arrependido e não cometerei esse erro novamente.
Quem tem dificuldade em perdoar como eu sofre! Sofre mais do quem cometeu o ato e pediu perdão. A situação fica sendo remoída e nos mata aos pouco sentir isso.
Preciso evoluir... saber perdoar e o mais importante A QUEM PERDOAR.

---

Como domingo (08/03) é o dia da Mulher, nada mais natural que a postagem do dia fosse feita por nossas duas discrepantes e lindas mulheres.
E que assunto mais delicado, não? Tratado delicadamente pelas duas musas desse blog.

E na quarta-feira, a parte dois desse assunto.

E votem na nova enquete, pois vocês ajudam a fazer o Mentes Discrepantes!

domingo, 1 de março de 2009

Inveja - Parte II


A Banalização da Inveja
Por Quase Trinta

Todo mundo odeia muito a inveja e põe nela a causa de todos os problemas. Tá passando mal? É olho gordo. Sua orelha tá queimando? Tão falando mal de você. Você tava segurando um sorvete e caiu no chão? Alguém almejava seu MUITO sorvete.
Houve uma banalização da condenação pela inveja.
Inveja é aquela coisa horrível que ninguém quer ter e todo mundo acha reprovável. Mas que todos nós em algum momento da vida já tivemos.
A inveja é um sentimento presente nos seres humanos e é a principal causa dos fracassos das pessoas que as cultivam.
Esse sentimento faz com que a pessoa fique sempre preocupada com o seu colega que ganha um salário melhor, ou tem um carro mais caro ou uma mulher mais bonita. E acabam deixando passar desapercebidas as oportunidades que as poderiam fazer crescer e a realizarem suas ambições.
Existem pessoas também que classificam qualquer crítica como ‘inveja’. São essas pessoas que criam comunidades no orkut como: ’sua inveja é meu ibope’, ‘com as pedras que você me atira construo meu castelo’ ou ‘não me inveje, me supere’.
Esse é um bloqueio muito eficiente para críticas, afinal, o ‘invejado’ as transforma todas em uma forma de ataque e as descarta.
Pra esse tipo de pessoa, qualquer tipo de crítica a algo ou alguém é motivada pela inveja, no único objetivo de denegrir a imagem do ‘difamado’ para se sentir melhor.
Eu tenho uma teoria: aquilo que a gente espera das pessoas é aquilo que a gente faz com elas. Tomamos os outros por nós, porque quando nos colocamos no lugar do outro fazemos isso pela nossa visão de mundo.
Logo, quem classifica críticas como inveja é exatamente o tipo de pessoa que, quando faz uma critica contra algo ou alguém, é motivado por inveja e despeito.
Até porque, você já reparou que todas as pessoas que são paranóicas com a inveja invariavelmente são pessoas que você jamais teria motivos para ter inveja?

O fato é: colocar a culpa de doenças, de quedas do sorvete ou de críticas recebidas na inveja é a mesma coisa que culpar Deus pelas coisas ruins. É só uma muleta.
Até acredito que pensamentos obsessivos contra uma pessoa sejam prejudiciais, mas acho que só se você estiver receptivo pra esse tipo de coisa. Seja lá o que isso signifique.


A Inveja É Uma Merda
Por Autor

Pimenteiras em vasos de planta. Folhas de arruda atrás da orelha.
Sério! Pra proteger de inveja e olho gordo, vale de tudo.
Nunca acreditei muito nessas coisas de energias negativas, que inveja pudesse trazer mal e afins, mas estou revendo meu conceito sobre isso.
Acho inveja o mais mesquinho dos sentimentos. É aquele tipo de coisa: você não quer algo para você; você simplesmente quer que o outro não tenha algo. Triste, deplorável, patético.
No carnaval tive uma experiência forte do tipo, de ver, literalmente, inveja no olhar de uma pessoa. Viajamos em quatro pessoas (meu namorado, eu, meu melhor amigo e o namorado dele) pra região dos lagos do RJ e era visível a inveja do namorado do meu melhor amigo. Inveja pela minha felicidade, pelo que eu tinha... Várias foram as vezes em que ele dirigindo, olhava pelo retrovisor e lançava um olhar estranho em direção a meu namorado e e u no banco de trás.
O que leva uma pessoa a invejar, a querer algo que você tem? Ou melhor, a querer que você deixe de ter algo? Doença isso, certamente!
Eu brinco com meus amigos que tenho inveja branca. O que na verdade não chamo de inveja. Sabe aquele sentimento de ver algo com alguém e querer aquilo pra você também? Quem nunca sentiu isso? Mas isso, não necessariamente significa que você não quer que a pessoa que tem deixe de ter. Eu, pelo menos, fico muito feliz quando vejo que meus amigos conquistaram algo que os façam felizes. E, na maioria das vezes, vê-los conseguindo algo muito almejado me motiva a correr atrás do que é meu. Inveja branca.
Agora, se você é do tipo que quer o que eu tenho e ainda quer que eu deixe de ter, nem perca seu tempo comigo. As pimenteiras estão plantadas e o ramo de arruda na minha mochila.
Sai pra lá, invejoso!
Só desejo a você uma coisa: duas vezes o que deseja pra mim!
E tenho dito!

___________________________________________________

Voltamos no Domingo, com um novo assunto escolhido por vocês. Não deixem de votar.

Inveja - Parte I

E ele morreu de inveja
Por El Negro


Pedro teve uma morte no mínimo estranha.
Nada de acidentes de carro, moto ou avião. Muito menos doenças raríssimas. Ele simplesmente morreu de inveja.
Exatamente isso que acabaste de ler, ele morreu de inveja.
Pedro, um invejoso de carteirinha, sempre arregalava os olhos para o que os outros tinham. Fossem bens materiais, aquela mulher que namorava o melhor amigo, a mãe carinhosa do vizinho, a faculdade do amigo, a piada soltada pelo garçom, a pizza do pizzaiolo, o macarrão da tia-avó e até a gorfada do primo após beber todas.
De tão invejoso, Pedro abandonou sua própria vida e passou a viver a dos outros. Frequentava os cursos do amigo, levava flores para a namorada do melhor amigo, fazia elogios para a comida da tia-avó e até pleiteava carinho da mãe de seu vizinho. Até começou a responder por outros nomes. Paulo, Anastácio, Carlos, João, Alfonso, Luiz, Oliveira, Gustaveson.
De tanta inveja, ele simplesmente abandonou a própria vida assumindo novos nomes, novos afazeres, novas determinações, novas namoradas, novas religiões, novas famílias, novas vidas.
E aparentemente do nada, Pedro faleceu.
A causa da morte fora revelada após uma biopsia minunciosa que declarou que o defunto morreu de "desfalecimento súbito por inexistencia de vida em massa corporea".
Explica o médico que devido ao excesso de inveja e necessidade de viver o que o outro tinha, Pedro acabou abandonando o próprio corpo ao relento.


---

“Inveja pra mim é algo com que não me preocupo...”
Por Dama de Cinzas

Inveja realmente é um tema muito difícil para eu escrever a respeito! Nunca senti que alguém realmente invejasse minha vida. Sempre fui uma pessoa que andou ao contrário de tudo. Nunca fui linda dessas belezas que toda mulher persegue, nunca tive os homens mais cobiçados, não sou rica. Então fico me perguntando que porra eu teria para que alguém pudesse me invejar... rs... Estou sendo franca: esse sentimento não faz muito sentido pra mim.
Dizer que senti inveja de alguém durante a minha vida? Acho que sim, mas nunca fui de parar pra secar a vida dos outros, apenas aquela coisa "en passant". Quando vejo uma gorda feia do lado de um homem lindo... rs... Ou quando vejo aquela mulher riquíssima entrando nas melhores lojas de Paris e comprando de tudo... ahahah... Mas é algo que não passa de alguns minutos e nem fica registrado em minha mente.
Agora eu fico mesmo P. da vida é quando um pessoal fudido, feio, pobre, burro, fica dizendo que sua vida não vai pra frente porque tem muita inveja os rodeando.... Ahhhh, faça-me o favor! Vai agir a vida! Tentar mudar o que tá errado, se esforçar pra melhorar e tenho certeza que o "olho gordo" dos outros não vai fazer taaaanto efeito assim!
Resumindo: inveja pra mim é algo com que não me preocupo...

---

Vocês pediram, vocês votaram!
E a
INVEJA é o assunto em pauta aqui no Mentes Discrepantes.
Na quarta-feira,
Autor e Quase Trinta dão o seu recado sobre o mesmo tema.
Enquanto isso, participe, comente, vote na enquete para o próximo tema.