domingo, 31 de maio de 2009

Livre - Parte I


Ritmos da vida
Por El Negro


A explosão de um tambor, o toque do despertador, o sino da igreja, o canto do galo. São sete da manha, e o sol irradia as primeiras batucadas de um novo dia. Bate o coração, o surdo, o liquidificador, a torradeira. Passos apressados no ritmo do tamborim, rumo ao calçadão, a praia, ao parque, atrasados para o trabalho.

Vozes que acompanham o puxador do samba, que gritam no meio do pregão, que sussurram um “babado”, que contam uma piada, que dão ordens. Gestos que harmonizam a bateria, que ofendem um irmão, que consolam o inimigo, que determinam uma vitória ou uma derrota. Atitudes improvisadas como o solo de um guitarrista, uma resposta no calor do momento, uma idéia original, um olhar comprometedor, um beijo roubado.

A cada amanhecer nossa vida renasce em um ritmo único, seja o ritmo da bateria da escola de samba, de uma sinfonia clássica, de um rock pesado, um pagode amigável, um forró cadenciado, um axé dançante, um tango sensual, uma “rave” pulsante. Cada instante de nossa vida é acompanhado de um ritmo único, o ritmo da sua, da minha, da nossa vida.

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Pois é, a cachaça...
Por Pimenta


Água que passarinho não bebe, mas que toda cultura humana criou do nada, ou melhor, do que tinha à mão.

É saquê no Japão.
Sonju na Korea.
Vodka na Russia.

E assim vai, até chegarmos á cachaçinha brasileira, provando que, o que toda humanidade
preza como sagrado,é a cachaça,único denominador comum de todas culturas, assim como o uso
da linguagem.

Tentarei explicar como o álcool, em sua forma mais primária (a cachaça, aqui subentendida como violento teor alcoólico) propiciou a dominação do mundo pelos humanos.

No princípio era o nada, depois o Adão e a Eva, que comeu a maçã (sem dúvida simbólica, o pai e a mãe da cachaça).
Depois a galera foi aumentando.
Não haviam salões de beleza pra melhorar o visual das pessoas, nem higiene, nem nada, então, fica fácil imaginar como era o visual e o cheirinho do povo.

Aí entra a cachaça! Melhorando a vida de homens e mulheres, deixando todos dispostos a traçar o que viesse pela frente, sujo e feio mesmo.
E dê-lhe reprodução.Chegamos aonde estamos hoje.

Cachaça, além de otimizar a visão, promover diversão, gerar histórias hilárias, ataques de figado e arrependimentos no dia seguinte, é fundamental para a diversão dos feios e estranhos, e da população geral. Só não salva os chatos, que ficam mais chatos quando bêbados.
Eu mesma já comprovei isso.

A cachaça promove a igualdade, une feios e bonitos, ricos e pobres, todos no mesmo barco, ondulando nas águas da bebedeira.
Ás vezes dá errado, como no caso da cirrose hepática, mas deixemos para pensar sobre isso no hospital.

Viva a cachaça!

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Mentes livres é o que temos por cá e nada melhor do que deixar o tema livre para ver o que nossas 4 mentes expressam por cá. Hoje temos o resultado do El Negro e Pimenta, na quarta é a vez do Autor e Quase Trinta.
E não deixem de votar, a enquete está no mínimo provocante.

Um comentário:

Cris Medeiros disse...

Nas épocas das vacas magras eu bebi muita cachaça e hoje em dia não consigo nem sentir o cheiro que me dá enjôo, enjôo mesmo de verdade, aquele que vc quer colocar tudo pra fora...rs

Beijocas