terça-feira, 2 de junho de 2009

Livre - Parte II

REcomeço
Por Quase Trinta

Tropeço, caio, me arrasto.
Choro, grito, lamento.
Me desespero, fico agoniada, deprimida.
Me precipto, erro.
Tudo fica escuro.
O coração dispara, a angústia chega.
QUE SOLIDÃO!!!
Olho para cima. Levanto. Acalmo-me.
Enxugo as lágrimas.
Coloco um sorriso no rosto.
Espero..... esperança.
Olho no espelho e vejo que por mais que eu goste de alguém, me amo em primeiro lugar.
Então cuido do meu jardim e na hora certa a primavera chegará pra mim trazendo as borboletas...

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Na Beira do Abismo
Por Autor


Já compararam o ato de apaixonar-se com jogar-se de um abismo: você sabe que a queda é dolorosa, mas a sensação de pular, o frio na barriga, o vento no rosto, o sentir-se vivo, inteiro, faz tal loucura valer pena.
Você está sozinho e procura por alguém. Fato: o ser humano não sabe ser sozinho. Procura sua metade, alguém que lhe faça bem, que o complete. Mas nessa busca (que não é fácil, muitos sequer conseguem terminar essa jornada) você acaba se deparando com questões complexas, como ‘O que eu realmente quero?’.
Afinal, se todo mundo busca por alguém, por que tantas pessoas sozinhas ao no sso redor? Essas pessoas já não deveriam ter se encontrado?
Mas vamos supor que você encontrou alguém. E você está naquela situação, empolgado, na beira do abismo, borboletas na barriga (“butterflies, you make me feel like butterflies...”) e tem que se decidir: pulo ou não pulo? O céu azul, o vento no rosto, a liberdade... Parece que uma força te puxa, te chama, diz ‘Pule, seja feliz!’.
E é nessa hora que você pode escolher. Pois sim, existe um determinado momento em que a gente escolhe se vai ou se fica, se damos a cara à tapa ou se puxamos o freio, se pulamos no abismo ou se damos meia volta.
A partir daí, sinto lhe informar, é por sua conta e risco.
E, normalmente, a gente pula. Sem verificar se existe rede de proteção, se temos asas, se sobreviveremos à queda. Pensamos apenas no céu azul, no vento no rosto, nas borboletas na barriga.
Aquela sensação! Ahhhh, aquela sensação vale tudo!
Mas, muitas vezes, nos estabacamos no chão. Com força! E ficamos ali, machucados, expostos, desprotegidos... E dói. Dói muito. Até mesmo nos esquecemos que sentir aquela dor era um risco que estávamos dispostos a correr. E praguejamos, choramos, sofremos. Amaldiçoamos o abismo, o frio na espinha, as borboletas na barriga. Malditas borboletas, infelizes borboletas! Juramos que nunca mais, NUNCA MAIS! vamos sofrer daquele jeito. Não vale a pena!
E juntamos nossos caquinhos, nos remontamos, nos reerguemos. Pois apesar de não nos acharmos capazes, nós sempre sobrevivemos. É nosso instinto, é humano. Podemos nos refazer e ressurgir das cinzas.
Seguimos nossas vidas. Observamos as pessoas à nossas volta, deixamos que o tempo se encarregue de colocar as coisas no devido lugar. Até que num belo dia a lembrança daquela dor ficou pra trás. Estamos refeitos, trilhando o nosso caminho, a vida novamente nos eixos. E então surge um novo alguém que nos convida para um passeio...
Empolgação, felicidade e, sem nos darmos conta, estamos ali novamente, na beira do abismo, apreciando aquele maravilhoso céu azul, o vento batendo em nosso rosto, o frio na espinha, as borboletas na barriga... Ah, as borboletas na barriga! Que sensação maravilhosa!
E é nessa hora que você pode escolher. E então você pula novamente!
Afinal, você pode voar!
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Vocês deram a liberdade e a gente escreveu o que quis.
Dá nisso!
A gente gosta é de ser mandado!
A enquete tá ali em cima! Mande na gente, vai!
Obedeceremos com gosto!
Tudo que seu mestre mandar, faremos todos!

7 comentários:

Cris Medeiros disse...

Meu problema é sentir as tais borboletas no estômago... rsrs... Não me apaixono fácil, não me empolgo fácil, mas quando isso acontece, certamente eu pulo no abismo, mesmo que me quebre toda... eheheh

Beijocas

Márcio Dadox disse...

Adorei o tema, adorei o texto... fantástico como sempre. Parabéns!!!

Vou sempre pular do abismo, mesmo que a subida seja dolorosa e dure dias, meses, anos... mas a sensação de pular é sempre única! Grande abraço!

Anônimo disse...

Aimmmm
é verdade, adoramos a sensação,mas sempre nos estrepamos, rs...
E por mais que tenha doido, a sensação de amar, o senitmento, supera tudo e todos, por isso nos jogamos de novo, e de novo, até acertarmos, rs...
Beijos pro cês

S.A.M disse...

Adorei o texto sobre arriscar!

a maioria das pessoas perde as oportunidades da vida pelo medo!


:)

Tainá Facó disse...

Me perco muito nessa coisa de tentar achar explicação pra tudo. Me aparecem muitas e muitas interrogações no meio da frase. Principalmente essa: "o que eu quero mesmo?". Sentir a paixão é algo esplêndido, assim como seu texto. Esplêndido.

Beijo enorme!

Anônimo disse...

Em primeira instância ,quero parabenizá-lo pelo blog.Gostei muito do que li,igualmente deste texto.Em segundo, seria cabível a vocês que seguisse este blog?
Assim, aproveitem para ir ao meu, dialeticar ,acima de tudo aprendermos com as ideias de cada um.

sabe este texto, me lembrou uma última escrita, ao qual digo que ser feliz é uma questão de escolha, somos livres apartir do momento que não usamos máscaras ou nos precinamos a sermos aquilo que a sociedade consumista insisti em querer que somos.Somos seres múltiplos de vontades, uma vez que dessas somos motivados ao desejo.

Somos o tudo e o nada, e bom como disse Fernando Pesssoa, podemos ter todos os sonhos do mundo, e sermos apanhadores de rebanhos de nossas experiências.

Uma linda semana!!

Cordialmente,

disse...

AMEI O TEXTO! MTO LINDO E MTO VERDADEIRO!