REcomeço
Por Quase Trinta
Tropeço, caio, me arrasto.
Choro, grito, lamento.
Me desespero, fico agoniada, deprimida.
Me precipto, erro.
Tudo fica escuro.
O coração dispara, a angústia chega.
QUE SOLIDÃO!!!
Olho para cima. Levanto. Acalmo-me. Enxugo as lágrimas.
Coloco um sorriso no rosto.
Espero..... esperança.
Olho no espelho e vejo que por mais que eu goste de alguém, me amo em primeiro lugar.
Então cuido do meu jardim e na hora certa a primavera chegará pra mim trazendo as borboletas...
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Na Beira do Abismo
Por Autor
Já compararam o ato de apaixonar-se com jogar-se de um abismo: você sabe que a queda é dolorosa, mas a sensação de pular, o frio na barriga, o vento no rosto, o sentir-se vivo, inteiro, faz tal loucura valer pena.
Você está sozinho e procura por alguém. Fato: o ser humano não sabe ser sozinho. Procura sua metade, alguém que lhe faça bem, que o complete. Mas nessa busca (que não é fácil, muitos sequer conseguem terminar essa jornada) você acaba se deparando com questões complexas, como ‘O que eu realmente quero?’.
Afinal, se todo mundo busca por alguém, por que tantas pessoas sozinhas ao no sso redor? Essas pessoas já não deveriam ter se encontrado?
Mas vamos supor que você encontrou alguém. E você está naquela situação, empolgado, na beira do abismo, borboletas na barriga (“butterflies, you make me feel like butterflies...”) e tem que se decidir: pulo ou não pulo? O céu azul, o vento no rosto, a liberdade... Parece que uma força te puxa, te chama, diz ‘Pule, seja feliz!’.
E é nessa hora que você pode escolher. Pois sim, existe um determinado momento em que a gente escolhe se vai ou se fica, se damos a cara à tapa ou se puxamos o freio, se pulamos no abismo ou se damos meia volta.
A partir daí, sinto lhe informar, é por sua conta e risco.
E, normalmente, a gente pula. Sem verificar se existe rede de proteção, se temos asas, se sobreviveremos à queda. Pensamos apenas no céu azul, no vento no rosto, nas borboletas na barriga.
Aquela sensação! Ahhhh, aquela sensação vale tudo!
Mas, muitas vezes, nos estabacamos no chão. Com força! E ficamos ali, machucados, expostos, desprotegidos... E dói. Dói muito. Até mesmo nos esquecemos que sentir aquela dor era um risco que estávamos dispostos a correr. E praguejamos, choramos, sofremos. Amaldiçoamos o abismo, o frio na espinha, as borboletas na barriga. Malditas borboletas, infelizes borboletas! Juramos que nunca mais, NUNCA MAIS! vamos sofrer daquele jeito. Não vale a pena!
E juntamos nossos caquinhos, nos remontamos, nos reerguemos. Pois apesar de não nos acharmos capazes, nós sempre sobrevivemos. É nosso instinto, é humano. Podemos nos refazer e ressurgir das cinzas.
Seguimos nossas vidas. Observamos as pessoas à nossas volta, deixamos que o tempo se encarregue de colocar as coisas no devido lugar. Até que num belo dia a lembrança daquela dor ficou pra trás. Estamos refeitos, trilhando o nosso caminho, a vida novamente nos eixos. E então surge um novo alguém que nos convida para um passeio...
Empolgação, felicidade e, sem nos darmos conta, estamos ali novamente, na beira do abismo, apreciando aquele maravilhoso céu azul, o vento batendo em nosso rosto, o frio na espinha, as borboletas na barriga... Ah, as borboletas na barriga! Que sensação maravilhosa!
E é nessa hora que você pode escolher. E então você pula novamente!
Afinal, você pode voar!
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Vocês deram a liberdade e a gente escreveu o que quis.
Dá nisso!
A gente gosta é de ser mandado!
A enquete tá ali em cima! Mande na gente, vai!
Obedeceremos com gosto!
Tudo que seu mestre mandar, faremos todos!